Município de São Vendelino-RS
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Relógio do Corpo - Plantas Medicinais

Sálvia

Salvia officinalis L.

Chá-da-frança, chá-da-grécia, erva-sagrada, sabia, sal-das-boticas, salva, salva-comum, salva- das-boticas, salva-de-remédio, salva-dos-jardins, salva-ordinária, sálvia, sálvia-comum.

Características gerais: Herbácea perene, fortemente aromática, ereta ou decumbente, ramificada na base formando aspecto de touceiras, de 30-60 cm de altura, nativa da região Mediterrânea da Europa. Folhas simples, denso-pubescentes, de 3-6 cm de comprimento. Flores pouco frequentes em nossas condições, de cor violácea, reunidas em espigas terminais longas.

Usos: suas folhas são amplamente empregadas como condimento na culinária de vários países desde tempos medievais, sendo também cultivada no hemisfério norte como planta ornamental. Seu uso mais comum, contudo, é na medicina tradicional, cuja origem data também da Idade Média. Suas folhas e inflorescências são empregadas internamente para indigestão, problemas de fígado, contra lactação, salivação e suor excessivos, contra ansiedade, depressão e problemas de menopausa. É usada também com auxiliar no tratamento de gota, contra dispepsia1 , astenia, diabetes, bronquite crônica e intestino preso. Contra sudorese excessiva das mãos e axilas e problemas de indigestão, é indicado o chá por infusão de suas folhas e flores, preparado adicionando-se água fervente a uma xícara (chá) contendo 1 colher (sobremesa) deste material picado, da dose de 1 xícara (chá) duas vezes ao dia. Para problemas de menopausa e menstruais recomenda-se o extrato de folhas e inflorescências maceradas em vinho-branco durante 8 dias, na dose de 1 cálice 3 vezes ao dia. Deve-se evitar o consumo desta planta em excesso ou durante longos períodos seguidos, bem como sua administração a mulheres grávidas e a pacientes epiléticos. É empregada também em uso externo contra mordidas de insetos, infecções de pele, gengiva, garganta e boca (aftas e mau hálito). Na sua composição química destaca-se a presença de óleos essenciais riscos em terpenos (50% de tuiona, 15% de cineol, cânfora, borneol, ácido ursólico), taninos, glicosídeos diterpênicos, flavonoides, ácido rosmarínico, substâncias estrogênica, saponinas e substância amarga.

Glossário de termos médicos botânicos

1 Dispepsia – dificuldade de digestão.

Fonte: Plantas medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas. Harri Lorenzi & Francisco José de Abreu Matos. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.